O que é ?
A espasticidade é o aumento involuntário do tônus muscular, apresentando-se como rigidez da musculatura envolvida. Esta alteração pode influenciar na qualidade de vida de pessoas que sofreram um AVC, prejudicando muito a reabilitação e recuperação. Geralmente este aumento do tônus resulta em um padrão onde o membro superior do lado afetado apresenta-se flexionado e o membro inferior estendido.
Além disso, pode levar a dificuldade em controlar os movimentos, dor, e em casos mais graves, a rigidez pode levar a deformidades irreversíveis das articulações acometidas.
Pode ocorrer ainda na fase aguda ( inicial), porém ocorre mais na fase subaguda e crônica após o AVC.
Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento da espasticidade?
Alguns fatores favorecem o aparecimento da espasticidade e podem ser monitorados durante a fase inicial do AVC, tais como:
- Indivíduos mais jovens;
- Perda de sensibilidade mantida nos primeiros 10 dias após o AVC;
- Inatenção visual;
- Fumantes;
- Aumento do tônus muscular nas 4 primeiras semanas após o AVC é preditor de espasticidade grave.
Diagnóstico Precoce:
A identificação precoce da espasticidade é importante para evitar que ela aumente e interfira ainda mais na qualidade de vida dos pacientes. O diagnóstico precoce determina que o tratamento seja precoce, beneficiando o paciente, cuidador e diminuindo o impacto nos custos para o sistema de saúde. Ciclo benéfico do cuidado, trazendo valor ao paciente.
Sinais para identificação precoce:
- Dificuldade em manter o braço e/ou a perna bem-posicionada devido a uma resistência anormal.
- Rigidez dos músculos envolvidos.
Importante: Durante a fase inicial do AVC o posicionamento adequado é fundamental para diminuir o padrão rígido que irá se instalar. Isso pode ser feito adotando posições contrárias ao padrão como ilustra a figura.
Por exemplo: quando o paciente estiver deitado o braço acometido ficar dobrado, deve-se colocá-lo estendido enquanto a perna acometida que estará estendida, deve-se colocá-la na posição dobrada.
ELABORAÇÃO:
Equipe da Unidade de AVC Integral do Hospital Municipal São José de Joinville – SC
REVISÃO:
Ana Paula Marcelino
Fisioterapeuta – residente do segundo ano do PRM em Neurologia
Bruna Cadorin de Castilho
Fisioterapeuta – residente do primeiro ano do PRM em Neurologia
Fabiane Klitzke
Fisioterapeuta Preceptora do PRM em neurologia
Jane Rossi
Terapeuta Ocupacional
Realização:
Associação Brasil AVC – ABAVC
Apoio:
Allergan – Uma empresa AbbVie
Comentários