As quedas nas pessoas idosas são comuns e aumentam progressivamente com a idade em ambos os sexos e em todos os grupos étnicos e raciais. Representam um problema de saúde pública.
Nos hospitais, as quedas são relativamente comuns e têm sido relatados em 2% a 12% dos pacientes hospitalizados, com taxas mais elevadas em ambientes como unidades de reabilitação e neurocirurgia. Uma queda em um paciente hospitalizado representa um perigo possivelmente evitado.
Você sabia?
20% das quedas ocorrem no banheiro.
34% ocorrem à beira do leito.
38% ocorrem durante a deambulação.
23% a 40% das quedas causam algum grau de dano no paciente.
Metade dos pacientes com fratura de quadril após uma queda no hospital vai morrer no próximo ano.
10% a 20% das quedas no hospital são eventos recorrentes.
A idade avançada é um fator de risco independente para lesões por quedas, com aumento de 19% para cada década adicional de idade.
Pacientes que sofreram queda em hospitais, tiveram um custo elevado e permaneceram no hospital, em média, 12 dias a mais quando comparados com aqueles que não caíram.
Fatores de Risco para quedas
Fraqueza de membros inferiores
História de quedas
Déficit de marcha
Déficit de equilíbrio
Necessidade de dispositivo de apoio (bengala, andador, etc)
Alteração visual
Artrose
Labirintite
Depressão
Comprometimento cognitivo
Idade maior que 80 anos.
Sedentarismo.
Medidas de Prevenção
• Dispositivos de auxílio para deambulação
• Uso de óculos
• Calçado adaptado
• Treinamento físico, marcha e equilíbrio
• Avaliação e tratamento da hipotensão postural e precauções ortostáticas
Intervenções para evitar quedas
O quarto deve ser livre de obstáculos entre a cama e o banheiro, e a cama deve permanecer na posição mais baixa possível.
A avaliação da fisioterapia e da terapia ocupacional é recomendada para educar o paciente para mobilidade segura.
Treino de equilíbrio e marcha deve ser orientado e estimulado pela equipe da reabilitação, assim como a utilização de dispositivos de auxílio.
Trazer e utilizar os óculos.
Presença de cuidador e supervisão contínua.
Alarmes de cabeceira, interruptor de luz ao lado da cama ou um abajur.
Reconhecimento de que qualquer paciente com quedas tem particularmente alto risco de quedas subsequentes.
Redução da distância para o banheiro e elevação do vaso sanitário, bem como instalação de barras de apoio laterais e paralelas ao vaso.
Idas programadas ao banheiro.
Tapetes de tecido (ou retalhos) podem provocar escorregões.
Participação em programas de atividade física que visem ao desenvolvimento de agilidade, equilíbrio, coordenação e força muscular.
Em caso de dúvidas converse com seu médico ou com a equipe interdisciplinar.
Referências:
CUMBLER, E. & LIKOSKY, D. In-hospital falls: evaluation and response. Continuum lifelong learning neurol 2011; 17(5):1063-1076.
QUEIROZ, Roberto Dantas. Manual de prevenção de Quedas da Pessoa Idosa. Iamspe-A saúde do Servidor. Disponível em: WWW.iamspe.sp.gov.br